Como é possível eu ter-me comprometido a escrever um texto por mês para alimentar este blog e não estar a ser capaz de cumprir? Isto quer dizer que eu sou igual a toda a gente – o que tem um lado bom, porque eu gosto de ser normal; mas também tem um lado mau, porque, por vezes, tenho muito boas intenções, mas depois nem sempre consigo cumprir aquilo a que me comprometo. Não porque eu seja irresponsável, que não sou, mas porque deixo que outras obrigações se interponham e perco o foco. E, como muita gente, eu não gosto desta sensação de falhar.
Tenho assim diferentes hipóteses para me sentir bem comigo e com os outros: ser fiável e confiável, que é sempre o meu principal objetivo; passar a viver bem com a falha, o que duvido que consiga já que me tenho em boa conta; ou tomar consciência dos meus entraves internos, perceber que soluções tenho ao meu alcance e implementá-las. Ora este processo de reflexão, de introspeção, de alteração de hábitos e de comportamentos é vital, mas é também, por vezes, difícil de fazer sozinho, principalmente se se pretende obter resultados seguros e com rapidez.
É completamente diferente comprometer-me sozinha ou com alguém que me desafia, baliza e vai celebrando comigo as minhas pequenas ou grandes conquistas.
É aqui que entra o coaching, que a mim me tem ajudado imenso e que tenho a certeza que vai continuar a ser-me útil sempre que deteto áreas de melhoria no meu desenvolvimento pessoal e na minha relação com os outros, a nível pessoal ou profissional.
O facto de eu criar espaço para me conhecer melhor através de processos de coaching em que determino a área em que me vou focar, como me quero sentir no final, o ritmo do meu desenvolvimento e que ações devo implementar para lá chegar dá-me sempre, em primeiro lugar, uma sensação de bem-estar e depois energia quando me desafio a ver as questões de novos pontos de vista e quando me oiço a dizer ao meu coach “nunca tinha pensado nisto desta forma”.
A parceria que estabeleço com o meu coach é particularmente gratificante já que, sendo também eu coach, percebo bem o papel fundamental que o coach tem no meu processo, não me substituindo em nada, mas sendo o garante daquilo que eu expresso. E é completamente diferente comprometer-me sozinha ou com alguém que me desafia, baliza e vai celebrando comigo as minhas pequenas ou grandes conquistas.
Paula G. Pereira




