A expressão “desenvolvimento pessoal” entrou no nosso vocabulário e, pergunto-me, se estamos conscientes do que dizemos quando a usamos, se temos a noção de que não podemos, em rigor, fazer um bom trabalho com os outros se não o fizermos connosco, de que não é honesto entregarmos possibilidades de crescimento se, dentro de nós, não o tivermos feito ou não o estivermos a fazer.
Viajei até ao aforismo mais famoso da história: “conhece-te a ti mesmo”. Encontrava-se no pórtico da entrada do templo do deus apolo, na cidade de Delfos na Grécia, no Sec. IV a.C. O que se revela nele é a crença de que a importância do autoconhecimento é muito elevada, a capacidade de encontrar, numa vida, a verdade sobre nós, sobre o que somos e sobre o que queremos ser, um enorme trabalho para quem pretende desenvolver-se, aperfeiçoar-se e ir encontrando as verdades que, por muito que a vida mude, se podem ajustar a todas as contingências que vamos experimentando.
Dentro do que se diz ser o “desenvolvimento pessoal”, e dada a vastidão da própria expressão, presumo que pode encontrar-se uma tentativa de conhecimento de si, uma construção lenta de capacidades que nos permitem olhar para lá do que parece, ficar atento ao que acontece quando ninguém está a ver, quando ninguém nos diz o que fazer, quando apenas nós marcamos encontro connosco, numa espécie de jantar intimista, com as velas da consciência acesas e com a possibilidade de acender as que ainda permanecem apagadas.
Na verdade, sabemos que desenvolver significa desdobrar, desenrolar, fazer crescer, explicar, ampliar, progredir, aumentar, estender-se. Pergunto-me se, no momento em que usamos a expressão “desenvolvimento pessoal”, estamos conscientes dessa empreitada, desse trabalho complexo e contínuo, dessa forma de olhar para dentro que exige, de mim, muito mais que a leitura de alguns livros ou a inscrição em alguns cursos. Porque crescer, ou desenrolar possibilidades, ou explicar a mim mesma de que forma quero viver, ou aumentar as minhas capacidades de forma a progredir e ampliar caminhos, é muito mais do que aquilo que cabe na expressão, é como se eu estivesse, enquanto nado numa piscina de 25 metros, a conseguir aumentar o espaço que a água ocupa e a conseguir chegar a um lugar que, não sabendo ainda onde está, imagino possível.
Paula Capaz
Outubro 2022
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